História
No começo dos anos
1900,
bandas e
orquestras tinham de dois a três
percussionistas cada. Um tocava o
bumbo, outro tocava a
caixa e o outro tocava os blocos de
madeira e fazia os efeitos sonoros. O desenvolvimento do
pedal possibilitou que uma mesma pessoa executasse todas estas funções.
O primeiro pedal prático foi inventado em
1910.
William F. Ludwig, que criou o primeiro modelo de madeira e logo depois, com o aumento da procura, passou a desenvolver junto com seu cunhado, Robert Danly, o modelo do pedal em aço que foi vendido para milhares de bateristas e serviu de base para criação dos modelos mais avançados que temos hoje.
Outra invenção aparentemente simples que possibilitou o surgimento da bateria foi a estante para caixa, que antes os bateristas usavam cadeiras para apóia-las ou dependurava nos ombros com uso de correias.
Uma vez que pedais e suportes para caixas práticos se tornaram disponíveis, um único baterista poderia executar o trabalho antes feito por três. E assim nasceu a bateria – ou trap set, como foi chamada inicialmente.
Nos
anos 80, alguns fabricantes, tais como
Simmons,
Yamaha,
Roland entre outros, criaram baterias eletrônicas que, além de sons pré-gravados, podiam também funcionar como
samplers, gravando sons que depois são executados sempre que o instrumento é percutido.
Hoje, em evolução constante, a bateria recebe cada vez mais atenção de fábricas e engenheiros, que pesquisam junto aos bateristas para desenvolver o melhor modelo de cascos, baquetas, ferragens e pratos. As inúmeras fábricas crescem a cada dia no mundo e no Brasil e nós como admiradores desse instrumento devemos estar atualizados com essa evolução, buscando a cada dia conhecer mais o instrumento. Entre as marcas que fizeram história no Brasil incluem-se a
Pingüim e a
Gope (anos 60 e 70) e a
Odery que hoje é considerada uma das melhores baterias no mundo, tendo seu início como uma Handmade (feita a mão). Com o surgimento de novas tecnologias e a importação de ferragens e acessórios, novas fábricas na década de 1980 começam a fabricar somente os cascos em
cedro,
marfim e
bapeva utilizando-se de ferragens americanas como a
Luthier,
RMV e
Fischer. Incluem-se várias firmas de acessórios como a
Ziltannam e a
Octagon (pratos),
C.Ibanez e a
Liverpool (baquetas), RMV, a
Remo e
Luen (peles sintéticas),
Rock Bag (cases e bags).
Mundialmente, marcas como DW, Pearl, Ludwig, Sonor, Yamaha, dentre outras, são líderes na fabricação das melhores baterias e ferragens. Para citar os melhores pratos, seja processos utilizados e ligas, podemos enumerar Zildjian, Sabian, Paiste e Meinl.
Constituição
Seu peso varia de 40 a 70 kg. Não existe um padrão exato sobre como deve ser montado o conjunto dos elementos de uma bateria, sendo que, o
estilo musical é por muitos indicado como uma das maiores
influências perante o baterista no que respeita à disposição dos elementos, sendo que, a preferência pessoal do músico ou as suas condições financeiras ou logísticas;
Pratos
- Um chimbau (par de pratos de choque em Portugal, ou hi-hat, em inglês), acionados por meio de um pedal;
- Um prato de condução (também conhecido pela designação em inglês ride ou swish), apoiado num suporte geralmente em forma de tripé;
- Um ou mais pratos de ataque (os três tipos mais usados, com a designação em inglês: crash, splash e china), apoiados em suportes idênticos aos do prato de condução, colocados ao lado dos outros elementos.
A adição de tom-tons, vários pratos,
pandeirolas, gongos, blocos de madeira,
canecas,
almofadas (
pads) eletrônicas devidamente ligadas a
samplers, ou qualquer outro acessório de percussão (ou não) podem também fazer parte de algumas baterias, de forma a serem produzidos diversos sons que se encontrem mais de acordo com o gosto pessoal dos músicos.
Alguns bateristas, tais como
Neil Peart ou
Terry Bozzio, elaboraram conjuntos de bateria fora do normal, utilizando-se de diversos elementos, tais como
rototós,
bidões,
gongos ou
tom-tons afinados em correspondência com
notas musicais, possibilitando ao baterista, para além da
execussão rítmica, contribuir melodicamente para a música. A
década de 80 foi
prolífica no surgimento destes conjuntos fora do normal, apreciados pelos amantes da bateria, um pouco por todo o mundo.
Materiais de construção
De uma forma geral, os tambores das bate
rias são construídas em
madeiras seleccionadas, podendo também encontrar-se elementos construídos à base de
plásticos,
metais e/ou outras ligas.
Diversos fabricantes têm efectuado diversas experiências de forma a obter os melhores sons a partir da madeira, tendo concluído que o
mogno, a
bétula e o
plátano produzem as madeiras mais aceitas para a construção destes instrumentos. Já em relação às
tarolas (caixas), as ligas metálicas baseadas em
aço,
latão ou
cobre são as preferências dos modelos de entrada de gama, embora os modelos fabricados em madeira de bétula e plátano tenham melhor aceitação nos modelos de topo de gama.
No Brasil, apesar de um certo atraso em relação aos produtos americanos e europeus, desde a década de 60 há indícios da fabricação de baterias pré-montáveis. Originalmente usava-se o Cedro como material para a produção de cascos e casualmente o Pau-marfim. Hoje a indústria brasileira já inova neste conceito utilizando madeiras certificadas como a Bapeva que é uma madeira com o dobro de densidade do Maple americano (o mais utilizado para a produção de cascos de bateria), ou seja, mais dura e mais resistente.
Postura do músico
O baterista toca no instrumento sentado sobre um
banco, de forma a manter a
caixa entre as pernas que deverão ficar por isso ligeiramente abertas. No caso de bateristas
destros, o pé esquerdo assentará sobre o pedal do
chimbal e o direito sobre o do
bumbo, sendo que, muitos bateristas
canhotos adoptam uma postura simétrica a esta.
Alguns bateristas usam um segundo bumbo, ou um
pedal duplo, percutido através do pé que geralmente acciona o chimbal, sendo necessário o uso de algumas técnicas adicionais, de forma a conseguir manter a coordenação entre os diferentes
ritmos musicais que a música eventualmente possa exigir.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/